Feliz 1 ano.
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
Amor meu,
Feliz 1 ano.
sábado, 27 de agosto de 2016
Olha, eu bebi seis litros de cerveja. E isso, pra mim, não è nada. Outros estariam ligando pros seus ex desesperados, dizendo que querem voltar. Jogados num canto de um bar qualquer, dizendo que cansaram do amor. E eu to aqui, sem a ajuda do álcool (ok, ele pode ter ajudado um pouco) só pra dizer que gosto de você. Não foi difícil, nem doeu. To ótima aqui. Não é loucura de gente bêbada, veja bem. O que eu faço é só vomitar. Limpar meus fluídos é muito mais digno do que jogar fora meu orgulho. E você sabe que já deixei explícito seja 05 da manhã, 01 da tarde ou às 22 de uma sexta a noite. Enquanto todos estavam em braços desconhecidos, eu não queria nem me aproximar de seres humanos levemente atraentes. Você não me pediu exclusividade ou monogamia, mas sou sua já vou deixando bem claro. E por isso, quero só você. Não me interessa o ruivo irlandês barbudo que queria ms conhecer, ou o menino do outro departamento da empresa que tira o ar das minhas amigas ao passar. Muito menos o meu cantor favorito, nem a suposta garota dos meus sonhos (por que não?). Eu quero você. Lê três ou sete vezes se for necessário. Você. Tá escrito teu nome bem na minha testa ou seria na cara apaixonada que fico quando teu nome surge na tela do meu celular?
Sei lá, achei que seria bom te dizer que um mês depois de tudo começar e parecer que aprendi a beijar beijando você porque sua boca encaixa perfeitamente na minha. É bom escutar numa sexta, de lua minguante, que alguém tem um sentimento crescente por você. É isso.
domingo, 17 de julho de 2016
A flor mais bonita do jardim
É.
Então voltou seus olhos pra mim, e disse que quando conseguiu entender que havia caído e estava sentindo dor, você não gritou. Você voltou seus olhos pra flor mais linda do jardim, e percebeu que não era lilás a sua cor favorita. A sua cor favorita era o vermelho do seu sangue sobre o lilás daquela flor que hoje você nem acha mais tão bonita assim. Culpa a dor que sentiu pela diminuição da apreciação. Quando a gente sente dor, o sentimento diminui, sabe?
Sei.
Encostou suas mãos na minha e disse que o vermelho do meu cabelo foi a certeza que te fez ficar. Eu tinha tantas qualidades pra te oferecer e você ficou com medo de ir atrás disso, e acabar com 3 pontos multiplicados por não-sei-quanto, só que no coração. Mas quando abriu os olhos depois daquela nossa noite, a sua cor favorita era o vermelho dos meus cabelos encostados no teu peito. E foi a coisa mais linda que já me disseram. Eu segurei as lágrimas, enquanto você fingia não reparar que havia quebrado a camada mais dura do meu coração. Quando deslizou seus dedos tirando a minha blusa, viu a tatuagem de rosa e percebeu que eu era a flor no alto do jardim que você precisava arriscar. Tudo bem se doer, eu vou cuidar. Você decidiu que não queria me arrancar do alto do jardim, que eu estava exatamente onde deveria estar. Eu sou a flor mais bonita do meu jardim, e você aquele que me faz desabrochar.
Retorna
Eu passei todos os 34 dias que passamos separados pensando em alguma forma de te trazer pra minha vida outra vez. Eu tinha prometido e jurado que não te queria mais. Eram muitas diferenças de opinião, eu era tão liberta e você tão conservador. Futebol, religião, política e distância. Tantos fatores me levando pra longe e eu só te queria por perto mais uma vez.
Mandei aquela mensagem com o coração na mão, e os olhos nervosos. Escrevi algumas centenas de vezes o melhor "olá" que conseguia pensar. Como te dizer que fui estúpida? Como te dizer que eu deveria ter te entendido e que conseguia passar por cima das nossas diferenças porque o seu beijo tem o gosto do meu querer? Depois de ter largado o celular e desligado a internet algumas vezes, tentando fugir dessa vontade de te procurar, finalmente enviei o que achei melhor. Corri pra debaixo do cobertor e fiquei olhando fixamente o teto. O que eu estava fazendo? E se você já estivesse com outra pessoa? E se terminar aquele romance que estava no começo, porque eu queria mesmo era você, foi outra atitude impensada? Traz teu sorriso de bom moço que eu esqueço tudo o que aconteceu.
E você trouxe. Em emojis e em bares. Me pegou pela mão, me levou pra dançar, tirou meu vestido e me fez sua. Sentou do meu lado, riu da nossa falta de diálogo, me pediu pra não bancar a princesa de gelo e acariciou meu rosto. Escolheu a cerveja que me agrada, acendeu um cigarro e levou meu coração pelas ruas da Lapa. Colocou os óculos na mesa e me apresentou outra vez aqueles olhos castanhos que brilham com a intensidade das estrelas. Contou uma piadinha, implicou com a minha posição política e me beijou a boca.
Olá! Será que esse lugar reservado no teu coração já tem nome na lista, ou eu posso colocar o meu? Se fechar até ás 17h, eu ainda tenho tempo. Se já estiver fechado, avisa que ninguém vai vir mais e eu sou a primeira da fila. Espero que essa mensagem não chegue atrasada que nem a última que enviei, e que a internet colabore, e que seu celular continue funcionando, e que não haja mais nenhum imprevisto. Eu vou ficar aqui e arrumar um tempo no meu dia, pegar cinco ônibus se for necessário, e deixar a rixa dos nossos times lá fora. Ainda quero conhecer sua história, falar sobre primeiras vezes e fingir que serei sua última. Me beija a boca quando fico nervosa, não me deixa falar demais pois assim posso estragar tudo. Fica aqui que vai começar a chover daqui a pouco, e o teu abraço tem cheiro de proteção.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Vazios
Deixo o sabor do meu sorvete favorito para você, assim como deixo nossa canção também. Uma hora o sorvete ou a música podem funcionar com outra pessoa, comigo só piora a situação. Fingiremos sutilezas quando, na verdade, queimamos em chamas por dentro. Mas manteremos a classe. Somos apenas dois seres humanos, cheios de sentimentos, ressentimentos, medos, ânsias e sonhos que se encontraram, apaixonaram-se e agora tornaram o sentimento imortalizado em forma de estrela.
Agradeço seu telefonema, agradeço a tarde maravilhosa que passamos juntos, agradeço sua dedicação em tentar me deixar confortável como toda a situação complicada. Agradeço também o fato de ter me deixado comer metade das suas batatas apenas para me ver sorrir. Tem tanta coisa doce e satisfatória em você que me recuso a tentar entender porque não demos certo. Obrigado pelo álcool compartilhado e os cigarros que fumamos durante tantas horas de conversa, meu fígado e pulmão realmente não me são mais importantes perante esta nova fase.
Mas se ainda não tiver jeito e a vontade de ficar permanecer e se tornar mais forte do que a vontade de descobrir novos continentes, me deixa permanecer no espaço do teu peitoral, que tanto me abriga bem. Só não deixa o espaço entre minha loucura e desfuncionalidade, vazio. Porque, ainda que não pareça, sou tão cheia de vazios incertos que a minha debilidade deveria ser atestada. E minha certeza, contestada.